segunda-feira, 19 de setembro de 2005



Duvida existencial

O que sou?
De onde vim?
O que faço neste abismo imenso?
Quem cá nos abandonou?
Logo hoje que o céu está negro…
O que hei-de eu fazer?
Por onde devo seguir?
Há todo um mundo aberto,
Que anseia por descoberta.
Haja coragem para soltar amarras, e partir.



Vidas...

O beijo foi o selar da aliança
Que não ousamos dizer em voz viva.
Foi ao forjar a ferro em brasa
Que obrigaste o meu coração a sangrar.
A marca perdura e é indisfarçável,
Irremediável, impossível de esconder.
Sou o que os acordos me permitem;
Não consegui até hoje fugir das amarras
A que me deixei prender.
Ainda hoje a cicatriz se mantém, altiva,
Olha-me do alto e diz: não hás-de ser mais do que te permito.
E eu fico-me. Cobarde.