quinta-feira, 26 de janeiro de 2006



Caminhos

A dádiva de quem duvida é a incerteza
E a incerteza a mãe de todas as opções.
Quem opta rejeita um outro caminho
Que não sabe onde poderia desaguar.

O rio não sobe a montanha, mas corrói
A ponte erguida de pedra distante
E a água que não passa segunda vez,
Fétida a carne que ainda espera.

Sorte a daqueles que escolhem
Um caminho mesmo que errado
Pois não choram onde podiam ter ido,
Queixem-se os outros que não tentaram.



Alado

Num céu outrora estrelado
Vagueia perdido um ser alado,
Assunção de algo divino,
Guiado viaja por som d’um sino.

O elo que une tamanha distância
Jamais selada eterna aliança,
O céu, na terra entre os homens.
Do sacrifício o exemplo tens.

De asas sem penas ousa voar,
Se queria ser anjo ficou pelo tentar.
Há aqueles que nascem para servir
E os outro que servem sem querer intervir.