segunda-feira, 19 de setembro de 2005



Vidas...

O beijo foi o selar da aliança
Que não ousamos dizer em voz viva.
Foi ao forjar a ferro em brasa
Que obrigaste o meu coração a sangrar.
A marca perdura e é indisfarçável,
Irremediável, impossível de esconder.
Sou o que os acordos me permitem;
Não consegui até hoje fugir das amarras
A que me deixei prender.
Ainda hoje a cicatriz se mantém, altiva,
Olha-me do alto e diz: não hás-de ser mais do que te permito.
E eu fico-me. Cobarde.

Sem comentários: