domingo, 1 de abril de 2007



No meu reino

Sinto essa dor, sinto-te há tanto tempo
No luar, quando o céu fica escuro
E o cheiro a terra molhada me obriga
A viajar por planícies que nunca pisei,
A palmilhar cenários idílicos
De contos que ficaram por contar,
Vidas que não vivi,
Texturas que não pude saborear.
Cheiro-te em linhas obtusas
Que me consomem quando as consumo,
Odores vastos e castos
Com o dom de me fazer divagar.
Vejo-te no fundo de um copo vazio
Onde me afundo, em que me afogo;
Cujo gelo derrete feroz, qual esperança
Que há muito decidi largar.
Provo-te em resquícios de imagens
Que me insistem em assaltar
E levam o pouco que tinha de coragem
Que boiava neste mar de pecados.
Desenho-te a traço largo
Na tela das minhas fantasias,
Num mundo onde sou rei
E reino o reino Esperança,
Onde partilho o trono com quem me quer,
Num local onde quem me ama
Deseja mais do que o finito,
E sem se sentir remanescente
Governa comigo a terra mais sagrada,
Onde se tem a coragem de construir tudo,
O que alguém, um dia,
Ousou sonhar.

2 comentários:

Godinho, Carlos disse...

Este puto delira ... so pode :D.

Muito bom, não é por nada que partilhamos o mm sangue.

Anónimo disse...

Doogi Doogi....tu e's o meu herois =')

simm..pq defenitivament este coiso, que nao sei como se chams esta' realmente bom..

parebens =D..

bjinho*