sexta-feira, 18 de maio de 2007



Doente emocional

Sou doente de um mal que não se vê,
Que não se controla
E do qual não vejo cura.
Houve um vírus que me invadiu,
Que me leva à loucura,
Uma moléstia que me come,
Que me torna a vida dura.
Sou consumido pelos dias que passam…
E passo os dias a contar os dias que me faltam.
Estou incapaz de me fazer erguer;
Quando me sinto melhor é quando sei que vou ceder.
Embora imune ao bruxedo e à feitiçaria,
Ignoro quem me quer ver cair
Todo o santo dia.
Sou carente de algo que não sei onde buscar,
Desconheço o que procuro, se procuro quero achar:
Um destino, um sentido, um caminho,
Por mais estranho que seja, também preciso de um carinho.
De uma mão e do seu toque,
De um coração e a reboque deixo-me ir.
Sou doente emocional porque não sei o que sentir,
Se quero sentir, se tenho alguém a quem me dar,
Escondo-me num cantinho e fico a meditar,
Com medo de morrer sozinho, de não te chegar a descobrir,
Com medo do feitiço que me possa libertar.

5 comentários:

vieira calado disse...

Esse é o destino dos poetas, meu amigo.
Um abraço.

Velasquez disse...

gostei mt:)

devias actualizar o blog:P

Anónimo disse...

E não é que escreves bem? :D
**

Alê Quites disse...

Incurável!

Beijos*

Giselle Alves disse...

Liiiinda ;*