quinta-feira, 30 de outubro de 2008



Vazio na imensidão do nada

O que mais dói é a dor que não sai,
Que se agarra e enterra na carne
E consome mas não se gasta,
Que me morde e arrasta
E fura e rasga a esperança e o olhar.

O que mais custa é saber e não poder,
A existência que nos é forçada,
O ser que não é.

O que mais dói é o vazio
Que me invade e abusa,
Me trespassa e corrói,
Que emana um cheiro dilacerante a podridão,
Um sabor a vergonha,
Um perpétuo desejo de imensidão de nada,
Em coisa nenhuma. Um vazio que o é.
Um nada que nada no fétido vácuo da minha inumanidade.

O que mais custa é saber que vai ser assim, sempre,
Até ao dia em que a matéria o deixar de o ser,
E esta existência que dói e custa
Pedir contas a quem me largou só.

4 comentários:

- Moisés Correia - disse...

Encontrei este blogue por acaso…
Gostei e voltarei, com certeza…

Há dias…
Em que acordamos chuvosos
Ensopados em saudades choradas
Sentimentais, românticos
Emotivos, fantasiosos…
Amarrados em manhãs geladas

O eterno abraço…

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Ruim dos Santos

LI E GOSTEI
Efigênia Coutinho

Marina-Emer disse...

"que me muerde y arrastra"
PRECIOSO POEMA YO LEO PERFECTO TU iDIOMA PERO NO...LO SÉ ESCRIBIR...PERDONA
TE DEJO CARIÑOSA-MENTE ABRAZOS
MARINA

Leonor Varela disse...

Essa plantinha é chamada de AMIZADE!

Você deve regá-la dia após dia, com palavras de Carinho
e Sinceridade adubá-la com Respeito e Dedicação e
deixar que o sol do amanhecer ilumine e
aqueça suas raízes para que ela possa
crescer sempre forte e bonita!

bom domingo
Beijinho